4 dias em Florianópolis, com Beto Carrero World

A “Ilha da Magia”, como é conhecida a capital catarinense, é composta pela ilha principal, a parte continental e algumas ilhas menores. As possibilidades são muitas! São 42 praias, além da Lagoa da Conceição (de água salgada); e das opções gastronômicas, históricas e culturais típicas das capitais.

Em outubro, fizemos um roteiro de 4 dias, que conto aqui:


DIA 1 – BETO CARRERO WORLD

Optamos por esticar, já no primeiro dia, para o Beto Carrero World, parque temático que fica a cerca de 115 km de Floripa.



Vale a pena a pequena viagem de carro. O parque é muito bem estruturado e tem atrações para todas as idades (veja o mapa das atrações clicando aqui).

O ideal é fazer o parque em dois dias, pra aproveitar melhor as atrações, conhecer todas as áreas (são nove áreas tematizadas, entre elas, Madagascar, Vila Germânica, Velho Oeste e Mundo Animal, que foram as que conhecemos melhor) e assistir aos shows temáticos.






Como estávamos com um bebê de sete meses na época, o Deco acabou aproveitando mais as atrações “radicais” e eu dei várias voltinhas pelo parque. Além das atrações mais infantis, tem um fraldário bem bacana, para os cuidados básicos e pra dar uma descansadinha com os bebês.

Destaque para o zoológico, onde passamos um bom tempo observando girafas, elefantes, zebras, macacos, flamingos...




Clique aqui para dicas bem bacanas para fazer um roteiro de um ou dois dias no BCW.



DIA 2 – PARTE HISTÓRICA, MIRANTE, LAGOA DA CONCEIÇÃO E COMILANÇA

Garoando, o tempo não estava para praia, então começamos o segundo dia pela parte histórica, indo ao Forte Santa Bárbara, que abriga o Museu Naval. A entrada é gratuita e fomos positivamente surpreendidos com um acervo bastante extenso, com objetos que contam um pouco da história da Marinha brasileira, e peças originais usadas por Dom João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II. O acervo é considerado a mais completa coleção do Império Brasileiro fora do eixo Rio-São Paulo.

Forte de Santa Bárbara - Museu Naval

Réplica da máscara mortuária de Napoleão Bonaparte, fornecida pelo Museu do Louvre

Meias infantis atribuídas a Dom Pedro II

Passaporte emitido em 1849

Seguimos a pé até a Praça XV de Novembro, pra conhecer a Figueira Centenária, a árvore lendária que, conta o folclore, nasceu em 1871 no jardim da Igreja Matriz, atual Catedral, e foi transplantada 20 anos depois para o local onde está, no meio da Praça XV de Novembro.

Figueira Centenária de Florianópolis

A praça também traz atração no chão: os mosaicos do artista Hassis (Hiedy de Assis Corrêa, 1926 – 2001), retratando antigas tradições, com temáticas relacionadas ao cotidiano de Florianópolis. Dá pra passar um tempo procurado identificar as figuras remetendo ao sustento (como a pesca), ao artesanato (como a renda de bilro), ao folclore (boi de mamão) e aos folguedos infantis (brincadeira de pular corda, pipa, cabra cega).

Um dos mosaicos do artista Hassis, no chão da Praça XV de Novembro

No entorno da praça, visitamos o Palácio Cruz e Souza (Museu Histórico de Santa Catarina), prédio belíssimo – tombado em 1984 como patrimônio histórico do Estado, é um importante exemplar da arquitetura eclética do final do século XIX, caracterizado por uma conciliação de estilos, como o barroco e o neoclássico – que abriga peças do século XVIII e XX (mobiliários, pinturas, esculturas, documentos impressos, medalhas, fotografias, armamentos, etc.). Ingressos: R$ 5. Grátis aos domingos. 

Palácio Cruz e Sousa

Palácio Cruz e Sousa

Continuamos a pé até o Mercado Público, inaugurado em 1851, que, além das barracas de artesanato, souvenires, carnes, pescados e dos empórios típicos de todo mercado municipal, tem lojas de roupas, calçados, tabacarias, comércio em geral, cafeterias e bares.

Mercado Público

De lá, fomos de carro para o Mirante do Morro da Lagoa, onde fica um totem do movimento “Sou Bem Floripa”.

Vista do Mirante do Morro da Lagoa

Vista do Mirante do Morro da Lagoa

Totem no Mirante do Morro da Lagoa

Já na Lagoa da Conceição, almoçamos no Books & Beers, bar e restaurante à beira da lagoa com cervejas artesanais e comidinhas, muitos livros e música.

Books & Beers

Cardápios no Books & Beers: versões de "O Velho e o Mar" e "O Apanhador no Campo de Centeio"

Books & Beers

Books & Beers

Completamos com café e um opèra no Empório Capella Café, cafeteria bacana instalada em uma antiga capela recém-restaurada. Lugar maravilhoso!

Empório Capella Café

Opéra, no Empório Capella Café

Empório Capella Café

Empório Capella Café

Finalizamos o dia com pizza, na Artesano Pizza Bar, na unidade do bairro Itacorubi (tem outra na Lagoa),um lugar muito aconchegante, com música ai vivo.


DIA 3 – PRAIAS

O dia amanheceu bonito e partimos para as praias. Eram quinze (!) no meu roteiro otimista e megalomaníaco, mas claro que só conseguimos fazer algumas, que fizeram o dia valer muito a pena.

----- Praia da Armação, que é separada da Praia do Matadeiro pelo Rio Sangradouro. O acesso a ela é mais tranquilo, pela rua mesmo.



----- Praia do Matadeiro, é de acesso não muito fácil, atrai surfistas de todas as idades e tem poucas barraquinhas (e um sebo com mais de 300 títulos!). Visual lindo! A melhor praia do dia!



----- Praia do Campeche, mais movimentada, de acesso fácil e com estrutura de quiosques e comércio.



----- Passamos novamente pela Lagoa da Conceição, dessa vez pra almoçar no The Black Swan Pub.




----- Passamos pelas Dunas da Joaquina e fomos até Praia da Joaquina. Perto das dunas, tem alguns comércios menores, tipo barraquinha de água de coco, e dá pra fazer “esquibunda” na areia. A Praia da Joaquina é de fácil acesso e com estrutura de quiosques e comércio.




----- Jurerê Internacional, a badaladíssima praia de Florianópolis, é daquelas circundadas por casas luxuosas e gente arrumadinha em plena praia. Não é a nossa cara, mas é sem dúvida um must see de Floripa, mesmo que seja pra conferir e não amar – como foi o nosso caso (mas normalmente as pessoas AMAM!). Restaurantes, eventos, festas, gente bonita e beach clubs não faltarão.




----- Canasvieiras, típica praia de cidade, com praça e parquinho no entorno. Bem tranquila e gostosinha.






DIA 4 – BAIRROS HISTÓRICOS E SUAS PRAIAS

O roteiro deste dia era de história e belezas naturais e culturais.

----- Fortaleza de São José da Ponta Grossa e Praia do Forte: um dos pontos que mais amamos na viagem!

Visitamos a fortaleza (ingressos: R$ 8), que começou a ser construída em 1740 e foi concluída quatro anos mais tarde. Em 1765 foi anexada à fortaleza a Bateria de São Caetano, com a função de aumentar a proteção no lado leste, nas praias de Jurerê e Canasvieiras.

Após a invasão espanhola de 1777, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa foi praticamente abandonada e somente quando foi tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1938, que começou a receber pequenas obras de restauração.









A praia do Forte, que fica logo atrás, é linda e calma, com águas cristalinas. Nossa preferida dessa viagem!





Florianópolis tem algumas freguesias luso-brasileiras – os antigos centrinhos das vilas açorianas: a de Santo Antônio de Lisboa, Lagoa da Conceição e Ribeirão da Ilha. Escolhemos a primeira para visitar. Como era segunda-feira, os restaurantes bacanas e bares que o bairro abriga estavam fechados, então recomendamos ir mais para o final da semana, pra aproveitar tudo o que a região oferece de melhor. De qualquer forma, caminhar pelas ruazinhas de pedra, viajar no tempo com as construções históricas e contemplar a beleza natural do entorno valeram muito a ida até a Freguesia.














----- Pra nos despedirmos de Floripa, fomos atrás de um cafezinho. Expresso e um maravilhoso bolo de banana com cobertura de chocolate no Family Coffee Shop, um lugar muito bacana no bairro Santa Mônica, que concentra boas opções de entretenimento e gastronomia. 



Hospedagem e transporte:

- Nos hospedamos no Eco-Residencial Dona Francisca, que fica no bairro do Itacorubi. Suficiente para o nosso esquema “café-da-manhã-banho-e-dormir”.

- Pra facilitar a locomoção, alugamos um carro.

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