6 dias em Cancun, México

Areia branquinha, águas cristalinas, mar azulzinho... É só falar em Cancun que a imagem rapidamente se forma na cabeça! E sim, Cancun é isso e muito mais! Ficamos seis dias em novembro. Não é alta temporada, e o clima é um pouco instável. Mas pegamos apenas dois dias de chuva – que atrapalhou quase nada – e quatro dias lindos!

Chegamos no dia 03.11, exatamente um dia após o fim das celebrações do Día de Muertos, que é uma festa muito tradicional no México, e ainda pegamos um pouquinho da decoração típica da época.

Oferenda para Frida Kahlo, em uma loja em Cozumel
Alugamos um carro pra nos locomover por lá. Não tinha GPS, mas nada de pânico: todos os lugares são muito bem sinalizados e nos viramos muito bem com placas e com o mapa gratuito que pegamos no aeroporto quando chegamos. À moda antiga, mas deu muito certo! ;-)

A maioria dos lugares aceita dólares americanos, além dos pesos mexicanos, mas cada lugar com sua taxa de câmbio do dia, então fique atento pra não perder dinheiro. Quando fomos, o peso novo mexicano estava custando por volta de R$ 0,30. Acompanhe o câmbio do peso mexicano aqui.

Dá pra se virar com o “portunhol”, porque eles se esforçam para nos entender e se fazerem entender. E a maioria das pessoas fala inglês. De qualquer forma, sempre acho mais bacana falar com as pessoas na língua delas – ou pelo menos tentar!


DIA 1: Playa Delfines – Ruínas Del Rey – Playa Tortugas – Señor Frogs

Em Cancun, tem muuuitos resorts na Zona Hotelera (para ver o mapa, clique aqui), cada um com sua faixa de areia. Muita gente acaba ficando mesmo só no hotel (um mais impressionante que o outro) e aproveitando a respectiva praia. Como não somos disso, conhecemos nosso hotel só no último dia.

Ficamos no Flamingo Hotel e Resort, que deve ser um dos mais simples da região, e pra nós foi ótimo. As áreas comuns são muito bacanas e os quartos suficientes para o nosso esquema "tomar banho, descansar e dormir". Atendimento muito atencioso e acolhedor!

Nossa primeira providência foi conhecer uma das praias públicas que ficam nos “meios” das praias dos hotéis: a Playa Delfines. Linda, calma, não muito lotada, limpa e com um pequeno mirante pra tirar muuuitas fotos. É lá que fica o letreiro colorido de “CANCUN”, onde tanta gente tira foto (e nós também tiramos, é claro!).

Playa Delfines
Letreiro de Cancun, na Playa Delfines
Bem pertinho dali, estão as Ruinas Del Rey, um dos muitos sítios arqueológicos da civilização maia, que habitou o México no passado. Como não é um sítio muito grande, não é tão visitado e pudemos andar tranquilamente por lá. O ingresso custa 47 pesos. O local é habitado por muitas (muitas mesmo!) iguanas que, diz a lenda, são os espíritos dos antigos habitantes, cuidando de suas antigas residências.

Ruinas Del Rey
De lá, seguimos para outra praia pública, a Playa Tortugas, que não achamos tão bacana... É pequenininha, não muito bonita e muito cheia de quiosques. É um ponto por onde chegam e partem ferry boats até Isla Mujeres, que vou comentar mais pra frente.

À noite, fomos pra região chamada Forum by the Sea, onde ficam restaurantes badalados e as baladas mais famosas de Cancun. É lá que ficava o Hard Rock Café (fechado desde o início do ano...) :-(, a Coco Bongo, a Dady’O, o Carlos’n Charlie’s e o nosso lugar de hoje: o divertidíssimo Señor Frogs. Se quiser sentar numa mesinha e só jantar, ok. Se quiser levantar e se acabar de dançar, ok também. Para adultos e crianças. O lugar é colorido, animado e é quase impossível resistir à bobagem de colocar um enfeite de bexigas coloridas na cabeça e usar pelo resto da noite.

Señor Frogs
Señor Frogs (observe o detalhe do banco onde a moça de preto está sentada)

DIA 2: Cenote Azul – Playa Del Carmen – Cocobongo

Para o café da manhã, quando não era Starbucks, era o Le Natura, um restaurante natureba com um cardápio maravilhoso, que ficava pertinho do hotel e que conquistou nossos corações e estômagos!

Le Natura
Café da manhã no Le Natura
O destino principal de hoje era Playa del Carmen, a cerca de 70 km ao sul de Cancun.

Mas primeiro fomos conhecer um dos lugares mais lindos e memoráveis da viagem: o Cenote Azul (indo de Cancun, passando Playa e seguindo em direção a Tulum, por cerca de 25 km – veja o mapa). Eu não sabia, mas cenotes são como grandes “poços” de águas subterrâneas acessíveis, geladinhas como as de cachoeira, muito comuns na região, em especial, na península de Yucatán. Foram 5 dólares por pessoa pra entrar e ficar o tempo que quiser.

Cenote Azul
Cenote Azul
Em Playa Del Carmen a praia é pública e tem uma loooooonga faixa de areia, com alguns pontos mais movimentados. Andamos por toda a “Quinta Avenida”, uma rua para pedestres, cheia de bares, restaurantes, lojinhas bacanas, lojas de marcas famosas, além do shopping “Quinta Alegría”. O lugar é muito animado! Pra passar um dia inteiro fácil. Muita gente, inclusive, em vez de ir pra Cancun, fica em Playa.

Quinta Avenida, em Playa Del Carmen
Quinta Avenida, em Playa Del Carmen
Portal Maya, em Playa Del Carmen (olha a cor do céu: caiu uma tempestade minutos depois)

Igreja de Nuestra Señora Del Carmen
À noite, fomos a um must must do de Cancun: a Coco Bongo. Definitivamente imperdível. Eu estava um pouco em dúvida sobre o quanto um “casal casado” poderia se divertir lá, mas o Marido e eu simplesmente amamos a aproveitamos muito! É open bar, mas passamos a noite toda nos divertindo tanto que só bebemos uma água no final rs. É um verdadeiro espetáculo, entre shows performáticos e músicas pra empolgar e agradar a todos os gostos (músicas de Michel Teló e Backstreet Boys a Avicii, shows de samba a Madonna), tudo muito impecável, bem organizado, perfeito! Recomendamos muito!

Coco Bongo, na Forum By The Sea

DIA 3: Xcaret

Amanheceu chovendo horrores – e choveu o dia todo! E era dia de Xcaret, um dos parques temáticos de um complexo de 6 parques, com estrutura pra Disney nenhuma botar defeito!

Tínhamos que escolher só um, então optamos pelo Xcaret, por ser o que mais oferece atrações culturais e folclóricas do México (clique aqui para ler um post bem bacana sobre como escolher um dos parques, se você não puder ir em todos, como nós).

Chegando lá, a chuva continuava. Restou-nos comprar capas de chuva e aproveitar ao máximo. O parque é grande, então o ideal é chegar assim que abre, e ficar até quando ele fecha, depois do show México Espectacular – um show de duas horas, que conta a história do país através de apresentações de música e dança, com trajes típicos de cada época – que é realmente espetacular.

Show México Espectacular
O parque é lindo e nele andamos livremente entre pássaros silvestres, tem praia, ruínas, o Museo de Arte Popular (fui duas vezes!), a capela de Nossa Senhora de Guadalupe, a capela de São Francisco de Assis (não sou católica, mas as duas são absolutamente lindas!), o cemitério mexicano (uma alegre e colorida representação de um cemitério!), e atrações opcionais, como o nado com golfinhos ou com tubarões. O almoço, incluído no ingresso Xcaret Plus, é sensacional (dentre as várias opções possíveis, almoçamos no La Laguna)!

Mesmo chovendo, não dispensamos o nado nos rios subterrâneos. Em alguns pontos é um pouco “claustrofóbico”, mas maravilhoso!

Araras no Xcaret
Capela de Nossa Senhora de Guadalupe

Chapolin Colorado, na Capela de Nossa Senhora de Guadalupe
Frida Kahlo e Diego Rivera, na Capela de Nossa Senhora de Guadalupe
Museo de Arte Popular
Museo de Arte Popular
Cemitério Mexicano


Show Folclórico no Xcaret

DIA 4: Isla Mujeres – Mercado 28

Pretendíamos ir de carro a Isla Mujeres, mas fomos orientados que teríamos problemas para estacionar. No centrinho da cidade, é verdade, seria difícil. Mas, em geral, daria pra ter ido com ele. Se a sua opção for essa, o lugar para pegar a balsa é no Punta Sam Ferry Terminal, através da empresa Maritima.

Acabamos pegando o ferry perto dali, em Puerto Juarez (no centro de Cancun), pela Ultramar, a mais famosa e mais utilizada empresa de transporte para o trecho. Outros locais possíveis para embarque “a pé” seriam na Zona Hoteleira (El Embarcadero, Playa Caracol ou Playa Tortugas). Confira o tarifário, clicando aqui.

A travessia dura cerca de 20 minutos. As embarcações são bem confortáveis. 

A maioria das pessoas sai de Cancun de manhãzinha e volta no final da tarde. A ilha é pequena, e a melhor forma de rodar por lá é alugando um carrinho de golfe (US$ 40, em média, para o dia todo), que dá autonomia para conhecer tudo sozinho e ir até a outra ponta da ilha (não dá pra ir a pé).

Primeiro fomos conhecer a Playa Norte, que é pertinho do porto (dá pra ir caminhando). A praia é linda e com águas bem calminhas!

Isla Mujeres
Playa Del Norte, em Isla Mujeres
Playa Del Norte, em Isla Mujeres
Playa Del Norte, em Isla Mujeres
Depois pegamos o carrinho e fomos conhecer os outros pontos da ilha. Nosso carrinho de golfe quebrou justamente no outro extremo da ilha e, por Deus, passaram uns policiais uns 10 minutinhos depois, tentaram nos ajudar a consertar e, como não deu certo, ligaram pra empresa onde tínhamos alugado e em 30 minutos eles nos trouxeram outro carrinho. Ufa!

Punta Sur, em Isla Mujeres
Punta Sur de Isla Mujeres
Punta Sur de Isla Mujeres
Centrinho de Isla Mujeres
Centrinho de Isla Mujeres
Café Mogagua, em Isla Mujeres
Em Isla fica o Museu Subaquático. Pra mim não dá, porque não sou grande fã de mergulho. Mas parece ser lindíssimo! Tem também o parque Garrafon, onde você poderá nadar com golfinhos e fazer outras atividades.

O centrinho é uma delícia de andar e lá você pode escolher o restaurante que mais te chamar atenção (opções não faltarão). Tem muuuuitas lojinhas de artesanato e souvenires também.

À noite, voltando de Isla, aproveitamos que estávamos no centro de Cancun e fomos ao Mercado 28, que é um daqueles centros de artesanato com muitas e muitas barraquinhas, onde dá pra barganhar melhor. Tem muita coisa linda e alguns restaurantes bem bacanas também, pra fugir um pouco do agito da Zona Hoteleira.

Depois, fomos ao Walmart, porque adoro ver as coisas diferentes que se vendem em cada lugar. Leite longa vida do Chapolin Colorado, torradas de cacto nopal, chips sabor jalapeño, pipoca de microondas sabor “inferno ultra picante” e bombons recheados com tequila Jose Cuervo foram algumas das coisinhas bem características que encontramos.





DIA 5: Cozumel – Kukulkán Plaza

Para a ilha de Cozumel também dá pra ir de balsa, com o carro (saindo de Calica). Porém, os horários são bem limitados, e teríamos que estar lá com uma hora de antecedência, então decidimos ir “a pé” mesmo, de Ultramar mais uma vez, saindo de Playa Del Carmen.

A travessia demora cerca de 50 minutos. Confira os horários e tarifário aqui.

Lá, o aluguel de carros é bem mais caro que em Isla e não temos a opção do carrinho de golfe (acho que porque Cozumel é bem maior). A opção mais barata acaba sendo uma scooter, que foi nossa “escolha”, que custa, em média, 40 dólares (barganhamos e conseguimos por 30, que ainda considero absurdo...).


Cozumel
Cozumel
Pra quem gosta de mergulho, é um prato cheio, atividades não faltam! Também tem nado com os golfinhos.

Cozumel faz parte da rota de vários cruzeiros, então tem vááááárias opções de compras no centrinho.


Playa Palancar, em Cozumel
Fomos dar a volta na ilha. Muitas e muitas praias pra escolher. A grata surpresa no caminho foi a La Casa Maya Nah, um quintal-museu, com acesso livre e gratuito, que conta um pouquinho da história dos maias e da tequila, bem pertinho do Parque Chankanaab (que abriga uma praia linda!). Clique aqui para ver no mapa.


La Casa Maya Nah, em Cozumel
La Casa Maya Nah, em Cozumel

Um "pé de tequila" rs, na La Casa Maya Nah, em Cozumel

Uma casa maia, na La Casa Maya Nah, em Cozumel
À noite fomos ao shopping o Kukulkán Plaza, que tem um anexo só de grifes, a Luxury Avenue (ficamos só na parte “normal”, claro rs).


DIA 6: Tulum – Cobá – Valledolid – Chichén-Itzá

Hoje era dia de rodar bastante e dia de sítios arqueológicos.

A primeira parada foi em Tulum, 120 km ao sul de Cancun, que é um sítio arqueológico a beira mar, o que dá a possibilidade de aproveitar uma praia no meio do passeio histórico-cultural. A entrada para o sítio custa 64 pesos.


Ruínas em Tulum
Ruínas em Tulum
Ruínas em Tulum
Ruínas e praia (e iguana) em Tulum
Ruínas e praia (e iguana) em Tulum
A próxima parada seria Cobá, que é um sítio mais verde, com as ruínas envolvidas pela vegetação, mas pulamos e fomos direto pra Valladolid, uma cidadezinha colonial muito bonitinha no caminho para o ponto final desta nossa rota, que era Chichén-Itzá, a 242 km de Cancun.

Igreja de São Gervásio, em Valladolid

A pirâmide Kukulkán, uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, em Chichén-Itzá

Parte do templo das mil colunas em Chichén-Itzá

Ruínas em em Chichén-Itzá

Ruínas do campo de jogo de bola, em Chichén-Itzá
Chichén-Itzá foi o centro político e econômico da civilização maia, e hoje é o sítio arqueológico mais popular do México, sendo a Pirâmide de Kukulkán uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno.

Para mais informações sobre os sítios arqueológicos no México, clique aqui.

À noite, fomos jantar no Mextreme, um restaurante local muito colorido, com atendimento excelente e comida ótima. Ceviche delicioso pra fechar o dia com chave de ouro!


Mextreme

Ceviche no Mextreme

DIA 7

Dia de ir embora, então aproveitamos o hotel e “nossa faixa de areia” de manhã, fomos ao supermercado, e deixamos de fazer o tour no Tequila Herradura Museo Sensorial (que era quase em frente ao nosso hotel), com medo de nos atrasarmos para o voo, mas fica a dica.


Como escolher quando a cor da piscina e a cor do mar são a mesma?!
Foi o que conseguimos fazer em seis dias. Ficamos apaixonados pelo México nas nossas pesquisas e ainda mais durante a viagem! Amamos e recomendamos tudo!

OBS.: além do Mercado 28 e do Kukulkán Plaza, outros lugares de compras são o shopping Plaza Flamingo e o La Isla.

OBS.: apesar das advertências de que deveríamos tomar cuidado com o chile (pimenta), nenhum dos pratos típicos que comemos era carregado de pimenta, e nas vezes em que lembrei de pedir pra colocarem pouca, me diziam que não colocariam. Apenas nos nossos nachos no Señor Frogs havia jalapeños que me fizeram chorar um pouco. E no Mc Donald’s, por exemplo, a pimenta é opcional, ficando junto com os condimentos “regulares”, como catchup e mostarda.

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